Data: 01/12/2022 - Tempo de Leitura: 5 min.
Os Videocast são o novo formato de conteúdo que está bombando em redes como TikTok e Reels do Instagram. Entenda melhor sobre essa evolução do podcast e por que sua marca deve ficar de olho!
O videocast (termo em inglês que origina da abreviação “video on demand cast”) está com todos os holofotes voltados para si. Entre os formatos de conteúdo, tem se mostrado a nova tendência - e não aparenta ser uma moda passageira. Pelo contrário, já integra o ranking das mídias mais consumidas em redes sociais, como Tik Tok, Reels do Instagram e YouTube.
Quer conhecer mais sobre esse tipo de conteúdo? Neste artigo, falaremos sobre o videocast: o que é, tipos, como criá-lo e o engajamento que pode gerar para a marca. Acompanhe os próximos tópicos!
O que é o Videocast?
O conteúdo em áudio faz parte da história da comunicação nacional. Com o tempo, o que antes era transmitido pelo rádio, passou a ser divulgado em aplicativos (ou tocadores) de podcast. Segundo uma pesquisa realizada pela rede Globo e IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), o Brasil já é o quinto maior produtor e terceiro maior consumidor de podcast no mundo.
Devido ao grande sucesso desse formato de conteúdo, surgiu um novo fenômeno: o videocast - uma evolução do conteúdo em áudio que está “arrebatando os corações” dos brasileiros e de toda a população mundial.
Nesse formato de conteúdo, programas de podcast são filmados e transmitidos para a audiência. Dessa forma, é possível visualizar os podcasters (apresentadores do programa), bem como imagens, vídeos e entrevistas. Por meio dos recursos visuais, o videocast tem um alto poder de engajamento, bem como:
- Potencializa a transmissão e o alcance do conteúdo, pois não fica disponível apenas no formato de áudio;
- Gera maiores índices de visualizações e compartilhamentos nas mídias sociais;
- Facilita a criação de conteúdos para diversas mídias digitais. Um videocast pode ser dividido em pequenos vídeos e posado em diferentes canais, horários e dias, gerando visibilidade para a marca;
- Apresenta a “cara” ou imagem da empresa ou do empreendedor para o público-alvo.
Todos esses benefícios gerados pelo videocast são um reflexo de uma realidade humana: somos seres visuais. Para o cérebro, se uma imagem vale mais do que mil palavras, um vídeo tem um impacto ainda maior. Algumas pesquisas reforçam esse entendimento:
- 90% da informação processada pelo cérebro é visual. A velocidade de processamento de imagens chega a ser 60 mil vezes mais rápido do que um texto;
- 80% das pessoas recordam o que visualizam, 10% o que ouviram e 20% o que leram;
- Conteúdos visuais geram tráfego 12 vezes mais rápido do que os outros formatos.
Videocast e Podcast: qual a diferença?
A princípio, o videocast e o podcast podem parecer a mesma coisa, mas não é. Na prática, são dois formatos de conteúdo com peculiaridades e, ao mesmo tempo, complementares. Quanto às diferenças, podemos destacar:
No caso da complementação, o podcast e o videocast andam de “mãos dadas”. Para abranger tanto o público que curte ouvir quanto o que prefere visualizar, a marca ou empreendedor pode fornecer ambas as opções. Existem aplicativos e plataformas que permitem a criação e postagens (em simultâneo) desses formatos.
Tipos de Videocast
Podemos dizer que o videocast é um formato bem versátil. Visto oferecer a possibilidade de criar gravações simples ou complexas, inovadoras ou tradicionais, criativas ou padronizadas. Nesse universo de diversidades, existem diferentes tipos de videocast.
Vejamos alguns deles.
Estático
É um tipo simples, pouco apelativo. Funciona assim: com a ajuda do software de edição, é adicionado um arquivo de áudio e a imagem relacionada. Após isso, se exporta o conteúdo para um formato de mp4, vídeo, wmv ou mov.
Exemplo: https://youtu.be/6W0pA54uVJY
Entrevista
Esse tipo de videocast exige a gravação de uma conversa entre os participantes do programa. Para criar uma dinâmica interessante, alguns utilizam uma câmera para plano aberto (permite que todos apareçam ao mesmo tempo) e outra para cada participante.
Exemplo: https://youtu.be/uvFDUKQYTkE
Monólogo
Todo o episódio é realizado e centrado no apresentador. Esse formato é bastante utilizado pelos influenciadores digitais. Uma técnica que “tempera”, ou seja, torna mais agradável o videocast, é intercalar a fala com imagens, vídeos curtos e outros tipos de edições. Também é aconselhável o uso de diferentes câmeras para focar diferentes posições.
Exemplo: https://youtu.be/L-BN9Db5QhY
Remoto
Durante a pandemia do covid-19, o videocast remoto ganhou popularidade. Nesse formato, os participantes ficam em uma videoconferência dirigida por um anfitrião (ou apresentador). O conteúdo pode ser transmitido ao vivo e a gravação fica disponível nas plataformas.
Um cuidado especial deve ser dado ao áudio e vídeo que podem ser prejudicados por problemas no microfone do dispositivo ou internet dos participantes.
Exemplo: https://youtu.be/c7Lb6mkSwvc
Animação
Esse é um dos formatos mais criativos e engajadores. O som é acompanhado de um desenho, animação, efeito especial ou outros tipos de criações. Algumas marcas, empreendedores e influenciadores, costumam produzir esse tipo de videocast para transmitir conhecimento de forma leve e divertida.
Exemplo: https://youtu.be/zlm1aajH6gY
B-Roll
Se o objetivo é proporcionar uma experiência cinematográfica, o formato B-Roll é o ideal. Por meio de diferentes imagens envolvidas com música ou falas, a audiência é convidada a, por exemplo, conhecer os pontos turísticos de um lugar, preparar uma receita da alta gastronomia ou descobrir as aplicações de um determinado produto.
Exemplo: https://youtu.be/3se_8OtkUt8
Como criar um Videocast?
Dependendo do tipo de conteúdo, o planejamento, definição, criação e exibição do videocast pode mudar. Outro aspecto que direciona as fases de produção é o estilo do programa, apresentador ou da marca. No geral, os passos para criar um videocast de sucesso são:
Roteiro
O roteiro deve ter uma estrutura bem desenvolvida. Esses são os elementos essenciais:
- Introdução - tema do videocast, assunto do episódio, nome dos participantes e chamada para ação;
- Vinheta - apresentação inicial;
- Tópicos - temas a serem discutidos;
- Considerações finais - fechamento do tema, agradecimentos e chamada para o próximo episódio;
- Vinheta final.
Preparativos
Essa etapa envolve a escolha do tipo de videocast (entrevista, monólogo, animação etc.) e dos equipamentos necessários (câmeras, iluminação, tecnologias etc.). É importante listar todos os itens necessários e realizar um checklist antes de iniciar a preparação da estrutura.
Edição
Agora, é o momento de escolher o software de edição de imagem ou vídeo. Existem vários no mercado. Para uma melhor escolha, é preciso conhecer as necessidades da produção e verificar as funcionalidades (se são compatíveis) da aplicação.
Thumbnail
É comum que as plataformas de vídeo exijam um thumbnail (imagem de apresentação em miniatura) do videocast. Para acertar nessa etapa, é importante verificar as especificações do thumbnail na plataforma escolhida. Quanto mais criativa, alinhada com o contexto do conteúdo e chamativa, maiores as chances dessa imagem receber cliques.
Divulgação
A última etapa da produção do videocast exige uma boa dose de estratégias de marketing. Em vez de apenas postar o conteúdo, é essencial:
- Definir as redes sociais adequadas para a publicação;
- Analisar os melhores dias e horários para as postagens;
- Segmentar a audiência;
- Publicar sneak peeks e teasers para gerar curiosidade no público;
- Postar trechos importantes do conteúdo e adaptá-los em artigos para blog;
- Realizar promoções;
- Interagir com a audiência e a comunidade.
Enfim, o mercado audiovisual é muito promissor, não dá indícios de que está cansando o público ou se tornando ultrapassado. Pelo contrário, como vimos, um dos “frutos” desse mercado (o videocast) é um grande sucesso. Investindo nessa prática, temos certeza de que colherá bons resultados!